Tipos de parto - Parte 2
Para dar continuidade ao assunto que publicamos anteriormente (ver Tipos de parto - Parte I), falaremos sobre mais dois tipos de partos: o Cócoras e o Leboyer.
Parto de Cócoras
É realizado da mesma forma que o parto normal. O que muda é a posição em que a mãe é colocada durante o procedimento: de cócoras.
Esse parto foi muito utilizado até meados dos séculos XVII, época em que os franceses introduziram o parto deitado. Nos últimos tempos, tem sido resgatado em virtude da crescente preocupação com o bem-estar da mamãe e do bebê. Por ser um método menos traumático, muitas gestantes têm optado por ele.
Hoje em dia, existe uma banqueta especial que auxilia as mamães no ato de assumir a postura correta. É possível contar com grupos que orientam as mamães na prática de exercícios específicos para auxiliar na hora do parto.
Mas, atenção! O parto de cócoras é indicado para mulheres que apresentaram uma gravidez saudável e sem alterações na pressão. Além disso, ele só pode ser realizado se o feto estiver na posição cefálica, ou seja, com a cabeça para baixo.
Vantagens:
É mais rápido, pois a gravidade auxilia na saída do bebê
O agachamento permite um alargamento do canal vaginal em cerca de 30%
A dor é menor
A recuperação da mãe é imediata
Possibilita maior atuação do parceiro no processo.
Desvantagens:
São poucos os médicos que realizam esse tipo de parto
Poucos hospitais possuem a banqueta para que a mamãe fique na posição adequada
Parto Leboyer
Leboyer foi um obstetra francês muito preocupado com a violência presente nos partos da época. Em função disso, ele criou alguns procedimentos para suavizar esse momento tão importante na vida da mulher.
Frédérick Leboyer foi o primeiro médico a mudar as crenças conservadoras sobre a consciência do recém-nascido na sociedade ocidental. No Brasil, o método foi introduzido pelo obstetra Cláudio Basbaum, em 1974.
O parto Leboyer (também conhecido como método de nascer sorrindo) tenta não estressar o bebê durante seu nascimento, minimizando, assim, os efeitos que o ambiente possa provocar no recém-nascido.
É realizado com pouca luz para não causar incomodo na criança. O ambiente precisa permanecer em silêncio, principalmente após o nascimento do bebê, para que o momento seja o menos traumático possível. Ele dever ser banhado perto da mãe - de preferência pelo pai - e colocado, em seguida, no colo da mesma para estimular o vínculo afetivo e a amamentação. É necessário, também, que o ambiente esteja aquecido para minimizar os efeitos da diferença entre o mundo intrauterino e o extrauterino. Além disso, o cordão umbilical só é cortado quando o mesmo parar de pulsar, para facilitar a transição da respiração do bebê.
Vantagens:
Segundo os especialistas, esse tipo de parto reduz o trauma do bebê durante sua saída do útero. Além disso, as crianças que nascem por esse tipo de parto tornam-se mais seguras e emocionalmente equilibradas.
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